quarta-feira, 18 de março de 2015

Bom dia.

A poesia deu bom dia
E a flor proclamou o amor.
O dia é cinza, mas é cheio de cor.

O amor procura corações abertos,
Bate nas portas, mas todos estão muito dispersos.
A dispersão toma conta dos nossos dias,
roubando o tempo que antes nos trazia alegria.

Escrevo um poema pra imaginar alguém,
pra voar e ir além.
Escrevo também por necessidade,
por falta do que fazer e por vontade.

Ligo o computador, já é hora de trabalhar.
O dia é cinza, mas há cores para talhar.
Vou talhar então, o amor na cor âmbar.

quinta-feira, 12 de março de 2015

Matinal

Acelerar o café
Não esmorecer a fé
Correr ao banco;
Essa é a rotina de um frenético paulistano.

Uso a lapiseira para registrar alguns momentos,
E comento.
Comento sobre o céu, sobre o papel, sobre o pincel
E também sobre o carrossel de um sonho encantado.

Dou mais um gole!
O café já está frio
Mastigo meio bolo e sorrio.

Sorrio sem perceber
Assumo os riscos,
Os rabiscos e a vontade de viver.

Convivo com meus poemas,
como já dizia o bom poeta,
Depois expulso-os para fora;
Para que eles vivam também suas próprias histórias.
E o meu peito, aqui, sempre os guardará na vã memória.