domingo, 7 de junho de 2015

Engodo

Sujei de novo.
O engodo da carne atenta a alma.
Mas eu quero força, espessa e longa.
Longa e que me leve longe de tudo isso aqui.
Não quero usar máscaras para disfarçar as minhas trapaças;
As traças que ainda existem aqui dentro.
O livro está aberto, e eu não vou fugir dos desafetos,
Dos fetos, dos medos obscuros, do peito confuso.
Vou enfrentar! Vou abraçar o Pai maior,
Que me livra dos absurdos; dos escuros
Dos escusos passos que meu ser quer dar.
Escuto um Chico pra dar um tom à poesia matinal.
Sorrio um sorrio pontual e peço ao meu Deus
Uma força, assim, sobrenatural.
Não vou entregar os pontos, não vou me abrir ao encosto.
Quero o Espírito puro.
O Espírito bom, que me livra de todo peso e opressão.
Os erros querem me abater, mas não vou me entregar.
Escolho me arrepender, e mais uma vez me render ao amor.
Ao calor dos braços cheios de ternura e esperança.
E brincar e descansar como uma eterna criança.